Uma nova experiência para idosos LGBTQIA+
conhecer pessoas e a cidade.
O Envelhecimento da população vem se evidenciando com a inversão da pirâmide hetaria do país. Estima-se que os 60+ superarão o número de jovens em menos de quatro décadas, fenômeno inédito ocasionado pelo desenvolvimento tecnológico da medicina. Tendo em vista alem do preconceito da idade o idoso LGBTs possue medo da LGBTfobia, perda de identidade sexual e solidão a partir da cultura heteronormativa. Um dos dados mais importantes coletados foi referente à “tríade de dificuldades” passadas diariamente por tal grupo (SANTOS, 2018): O aceite de si mesmo, o aceite do outro e o medo do futuro, os quais ocasionam no que se entende por negação da identidade sexual. Negação esta que surge da internalização do preconceito, do receio de ser agredido, dos pensamentos e desejos incompreendidos. Além disso, uma complexa rede de problemas discriminatórios se configura na realidade de idosos LGBTs na medida em que a sua grande maioria é destituída do apoio familiar.
A ideia surgiu a partir de um projeto da Faculdade de Design da Mackenzie, que buscava desenvolver soluções para a terceira idade. O recorte LGBTQIA+ foi incorporado ao projeto após conversas e estudos sobre instituições, além das experiências pessoais dos integrantes do grupo, que compartilharam suas inseguranças enquanto pessoas LGBTQIA+
No decorrer do artigo vou te explicar todo o processo que percorri para propor uma solução para esse problema.
Com o recorte definido e feito o primeiro contato com a instituição parceira a primeira interação precisava ser um encontro despojado e divertido, a ideia de trazer dinâmica que se assemelha a uma conversa era a melhor escolha.
A partir da coleta de resultados provenientes da dinâmica e das entrevistas, foi possível compreender melhor as experiências e percepções das pessoas envolvidas, proporcionando um estímulo significativo para seguir adiante com o desafio. Muitos dos idosos destacaram o duplo preconceito enfrentado pela população idosa LGBTQIA+, que frequentemente se vê forçada a omitir sua sexualidade por medo e falta de poder para enfrentar a discriminação e a violência. A discussão também abordou a carência de espaços seguros e acolhedores para idosos LGBTQIA+, que frequentemente enfrentam situações constrangedoras devido à falta de preparo e preconceito por parte dos profissionais.
Com a rodada de entrevista eu e Rogério Pedro presidente da associação Eternamente Sou que é uma organização não governamental que iniciou seus trabalhos em 2017 por meio de um coletivo de profissionais mobilizados pela necessidade da implantação de serviços e projetos voltados ao atendimento psicossocial a pessoas LGBT60+, decidimos desenvolver em conjunto uma rede colaborativa usando de base o APP SOMOS para fazer com que situações desconfortáveis não aconteçam, e com isso gerar uma mobilização para entender e atender esse publico que é invisibilizado pela nossa sociedade.
Com base na localização do usuário, o app exibirá uma lista de lugares certificados para atender idosos LGBTs respeitando suas individualidades, a reputação de cada uma e avaliações vindas diretamente dos usuários, alem de possibilitar a interação entre os próprios usuários.
E a Eternamente Sou fiscalizaria e aplicaria cursos e preparos, algo que a instituição já faz em sua operação comum.
Essa foi a primeira etapa do processo que me ajudou a tirar a ideia da cabeça e visualizar a solução em forma de aplicativo.
A próxima etapa foi desenvolver os Wireframes de alta fidelidade.
A escolha do nome e logo SOMOS reflete coletividade e identidade, com uma sonoridade simples e de fácil pronúncia. O logotipo da SOMOS celebra a diversidade e a aceitação, destacando o papel essencial que desempenhamos na vida de muitos idosos LGBT. Os elementos de identidade visual, como logotipo, tipografia, cores, grades, mosaicos, imagens e ícones, foram cuidadosamente desenvolvidos para criar uma comunicação coesa e alinhada, tanto internamente quanto externamente.
Nós somos coloridos
A bandeira LGBT é um símbolo global de orgulho, reconhecimento e cultura da comunidade LGBT. Criada pelo artista Gilbert Baker em 1977, a bandeira é composta por seis faixas horizontais de cores diferentes (roxo, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho), inspiradas no arco-íris. Essas cores foram escolhidas para integrar nossa identidade visual.
Ao acessar o aplicativo, o usuário realiza o Login ou cadastro na ferramenta usando aplicações integradas do Facebook, Google e Twitter.
Ao realizar o Login, o usuário se depara com a tela onde são visualizados um feed com a atividade de usuários, lugares que frequentaram, comentários e fotos e demais.
Na aba explorar o usuário pode acessar diversas opções de estabelecimentos, instituições e entretenimento, a ideia é criar movimento e mostrar que existem opções de lazer e instituições responsáveis cadastradas no app.
Juntamente com a ONG Eternamente Sou, que ja tem um calendario de eventos, iriamos divulgar dentro do APP essas opções e assim fomentar rodas de conversas, debates, recreação e outras opções para o idoso que se sente solitário e desamparado
Essa opção vem com o intuito de manter informado e trazer noticias importantes para um publico que sente que existe um conteúdo voltado para ele, com reportagens, estudos e etc.
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